Acordo Coletivo x Convenção Coletiva: entenda as diferenças, benefícios e como isso impacta sua empresa

Acordo Coletivo x Convenção Coletiva: entenda as diferenças, benefícios e como isso impacta sua empresa

No universo das relações trabalhistas, acordos e convenções coletivas são ferramentas fundamentais para estabelecer regras entre empregadores e empregados. Apesar de parecerem semelhantes, possuem características e efeitos jurídicos distintos que podem impactar diretamente a gestão da sua empresa — seja na redução de riscos trabalhistas, seja na valorização do ambiente de trabalho.


Neste artigo, vamos explicar de forma clara:

⮚ O que é um acordo coletivo

⮚ O que é uma convenção coletiva

⮚   Qual dos dois tem prevalência em caso de conflito

⮚ E por que, especialmente para empresários, o acordo coletivo pode ser um grande aliado estratégico. 

 

📘 O que é um Acordo Coletivo de Trabalho?

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é um instrumento firmado entre o sindicato representante dos trabalhadores e uma empresa específica. Ele define condições de trabalho exclusivas para os empregados daquela organização.

📌 Exemplo prático: uma empresa pode negociar, por meio de acordo coletivo, um banco de horas, regime híbrido de trabalho, plano de cargos e salários, benefícios diferenciados, entre outros pontos que atendam à sua realidade e ao interesse dos colaboradores.

 

📙 O que é uma Convenção Coletiva de Trabalho?

Já a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é firmada entre dois sindicatos — o da categoria dos trabalhadores e o da categoria dos empregadores. Ela abrange uma categoria inteira, valendo para todas as empresas daquele setor em determinada região.

📌 Por exemplo, a convenção coletiva de uma categoria pode determinar pisos salariais, jornada de trabalho padrão, adicional de periculosidade, cláusulas sociais e condições mínimas obrigatórias.

 

⚖️ Qual vale mais: Acordo ou Convenção Coletiva?

Em caso de conflito entre as normas estabelecidas em um acordo e em uma convenção, prevalece, em regra, o que for mais benéfico ao trabalhador. Essa diretriz está alinhada ao princípio da proteção, previsto no Direito do Trabalho.

Contudo, desde a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), passou a vigorar o conceito do “negociado sobre o legislado” — o que dá maior força ao acordo coletivo, inclusive sobre a convenção, em determinados temas, desde que respeitados os direitos fundamentais do trabalhador.

 

Benefícios do Acordo Coletivo para as Empresas

Para o empresário, o acordo coletivo pode ser uma ferramenta estratégica poderosa. Entre os principais benefícios, destacam-se:

🔹 Flexibilidade: permite ajustar regras conforme a realidade da empresa, sem depender de cláusulas genéricas que atendem toda uma categoria.

🔹 Segurança jurídica: formaliza práticas da empresa, reduzindo o risco de passivos trabalhistas.

🔹 Cultura de diálogo: aproxima a gestão da força de trabalho, promovendo engajamento e transparência.

🔹 Customização de benefícios e condições: possibilita negociar condições específicas de jornada, remuneração variável, produtividade, banco de horas e trabalho remoto, por exemplo.

 

🛡️ Importância do acompanhamento jurídico

Tanto a elaboração quanto a análise de um acordo coletivo exigem rigor técnico e atenção legal. O processo envolve negociação sindical, registro no sistema mediador do Ministério do Trabalho, cumprimento de prazos e formalidades específicas.

Além disso, é essencial avaliar se as cláusulas respeitam os direitos constitucionais e os limites da Reforma Trabalhista.

 

Empresário, tem dúvidas sobre o acordo coletivo?

Você está pensando em firmar um acordo coletivo na sua empresa, mas não sabe por onde começar?

Ou tem dúvidas sobre a validade e os efeitos práticos desse instrumento nas suas operações?